sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Já tenho um mês!

O tempo passa tão depressa...
A minha pequenina já tem um mês!
E tem também mais um kg e mais 5 cm; pois é, a Leonor está a aumentar muito bem; o dr. tinha razão quando dizia que ela tinha de nascer para crescer cá fora!

Felizmente não tem tido muitas cólicas; mas só quer colo! É muito raro ela ficar sossegada sem chorar quando não está a dormir; quando acorda tem de ir logo para o colo e, mesmo depois de adormecer no colo, se a vamos deitar, acorda e não quer ficar deitada. Imaginem (muitas de vocês sabem como é!) como são os meus dias: não consigo fazer quase nada em casa.
À noite custa a adormecer, parece que quanto mais sono tem pior é; durante o dia quase não dorme, agora é que já está a dormir há quase 3 horas: não é normal! Ups...penso que está a acordar! Durante a noite dorme mais ou menos 4 horas seguidas e depois mais 3, mas tem um sono muito agitado que nem sempre me deixa dormir.

Dizem-me que não a posso habituar ao colo, mas isso é fácil de dizer! Se a deixo chorar, ela não pára e por vezes até se engasga, pobrezinha! Pode ser que depois, quando comece a observar o que a rodeia, fique mais tempo na espreguiçadeira, vamos ver...!

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

O parto - conclusão

Já descrevi como foi o parto e os momentos que o antecederam. Gostaria agora de escrever sobre os dias seguintes, ainda no hospital.

Na manhã seguinte, após "tomar um banho" na cama dado pelas enfermeiras, estas disseram-me que me iam pôr a pé. "JÁ???", foi a minha reacção; não me sentia minimamente com forças para me levantar. Mas é necessário começar a andar o mais cedo possível para activar a circulação. A enfermeira ajudou-me a sentar na cama e depois mandou-me levantar; julguei que já tinha força nas pernas mas, ao tentar apoiar-me na direita, teria ido ao chão se não me tivessem amparado. Sentaram-me numa cadeira e aí fiquei durante 2/3 horas. Assisti ao 1º banho da Leonor dado pela enfermeira; chorou tanto... Mais tarde, pedi ajuda para ir à casa-de-banho e depois da enfermeira ver que estava tudo bem comigo, que já conseguia andar e não estava tonta, tirou-me o soro e disse-me que já estava "livre como um passarinho".
Não era bem asssim, pois os movimentos eram um pouco limitados; por um lado sentias dores, por outro, tinha receio de "abrir" os pontos; deitar-me e levantar-me da cama era uma proeza e as idas à casa-de-banho uma autêntica aventura! Mas nunca pensei que a recuperação fosse tão rápida; aos poucos ia conseguindo movimentar-me mais e não me posso queixar quanto às dores; tive algumas, mas nada insuportáveis.

Resumindo: jamais eu poderia imaginar passar estes dias tão bem! Quem me dera que o meu próximo parto fosse tão fácil como este! Além de não ter sentido as dores do parto e não ter tido grandes dores na recuperação da cesariana, tive a sorte de ficar no quarto com duas mães que já conhecia; foi muito bom, pois sentia-me mais à vontade e os dias custaram menos a passar. Aliás, contrariamente ao que eu julgava, os 4 dias passaram muito depressa: o tempo era dividido entre mamadas, mudas de fralda, as minhas refeições (a comida era óptima), as visitas e as conversas ao telomóvel; dormir, claro está, apenas umas 3 ou 4 horinhas durante a noite.

Gostaria aqui de referir o excelente acompanhamento que tive no hospital e agradecer aos médicos que me fizeram a cesariana (um era o meu obstetra ), a toda a equipa do bloco operatório, às enfermeiras que se mostraram sempre muito prestáveis e simpáticas, à companhia das minhas colegas de quarto, ao papá que esteve sempre comigo a apoiar-me, à minha família e amigos que não podendo estar presente fisicamente, mostraram que estiveram sempre presentes apesar da distância; finalmente, mas em primeiríssimo lugar, gostaria muito de agradecer à minha AMIGA I. que fez questão de estar sempre comigo durante o parto. Foi muito importante saber que estava ali alguém em quem eu sabia poder confiar a 100%; eu e a Leonor nunca vamos conseguir agradecer-te à altura! Obridada por tudo!

Eram os primeiros dias mágicos, aos quais se seguiram e vão seguindo outros carregados de uma magia sempre crescente e que, imaginem, vão sempre deixando saudades!
O milagre da vida é realmente a maior dádiva que podemos receber e só conseguimos retribuí-la através do nosso inesgotável AMOR!

domingo, 12 de agosto de 2007

O parto - parte II

Quando me elevaram para o bloco operatório já devia ser perto das 21.30h. Aqui comecei a sentir as pernas a tremer; sentia-me calma, nada nervosa, mas as pernas não paravam de tremer... O pai despediu-se de mim, disse-me para ter força, e lá fui eu, deitada na cama, para o elevador com o dr R., uma enfermeira e a minha amiga I. que também é enfermeira.
Ao chegar ao bloco operatório, fiquei surpreendida com o seu ambiente inovador; de repente, começo a ver gente à minha volta a ligarem-me tubos e mais tubos; eram todos muito simpáticos, falavam comigo muito divertidos e certificavam-se que eu continuava bem disposta. Perguntaram-me se eu queria assistir ao nascimento da minha filha e eu disse que sim, que queria levar a epidural. Então, sentei-me na maca, com a ajuda dos enfermeiros, e o anestesista veio administrar-me a epidural; contrariamente ao que diziam, não senti qualquer dor, senti apenas uma leve picada e, no mesmo instante as pernas deixaram de tremer e ficaram super quentes! Já não estava a senti-las e, assim, fiquei ainda mais calma; sabia que a partir de agora não iria sentir qualquer dor!

Quando os médicos começaram a "cortar-me" eram aproximadamente 22.00h. Foi tudo muito rápido! Às 22.11h pensei: " se nascer às 22.30h será à mesma hora que eu nasci"; 3 minutos depois, às 22.14h., ouvi a Leonor chorar! "Já?" perguntei. Logo a seguir ela é entregue ao médico e avaliada ali ao meu lado. Eu não podia mexer muito a cabeça, mas lá consegui espreitar e via as suas pernas e braços no ar por detrás do médico. Disseram-me que estava tudo bem, que a fenda labial era só mesmo isso, no lábio, e que não era muito acentuada! Após ser observada pelo médico, a enfermeira pegou nela para levá-la para a sala de partos para nova avaliação, mas antes veio mostrar-ma! Estava toda tapada e eu só lhe vi a cara: era linda! Dei-lhe o primeiro beijinho e leveram-na logo! Segundos depois já eu estava com saudades dela! Soltaram-se umas quantas lágrimas! O enfermeiro olhou para mim com preocupação julgando que eu não me estava a sentir bem, mas depois viu que era só emoção...!

Fiquei na sala mais uns 20 minutos e depois levaram-me para a sala de recobro. Teria de permanecer aqui até sentir as pernas novamente. Estive aqui cerca de uma hora e meia, sempre a olhar para o relógio e a fazer força para mexer as pernas. Entretanto, fiquei a saber que a Leonor estava bem, que não tinha qualquer problema, e que já tinha bebido 25 ml de leite pelo biberão porque estava cheia de fome. Soube que pesava apenas 2360g e fiquei preocupada por ser tão pequenina; mas não havia razões para tal...

Por volta das 00.15h levam-me para o quarto. O pai estava impaciente à minha espera, mas muito feliz! Já tinha conhecido a filha, tinha tirado fotos, filmado, já a tinha pegado ao colo, e eu mal a tinha visto... Mas trouxeram-ma logo que cheguei ao quarto! Puseram-ma ao meu lado, deitada na minha cama. Foi tão bom ter finalmente a minha filha nos braços! O pai teve de sair, as enfermeiras também saíram e eu fiquei a contemplá-la! Escusado será dizer que não dormi nada nessa noite, estive sempre a olhar para ela.

Por volta das 02.30h a Leonor, que estava agora no berço, acordou e começou a chorar! Eu chamei uma enfermeira e ela colocou-a ao meu lado para mamar. Eu estava com receio que ela não pegasse na mama por já ter mamado no biberão, mas ela pegou à primeira! Todos os meus receios desapareceram naquele momento! Acho que nunca esquecerei aquele momento mágico em que ela começou a mamar!

Foi um dia mágico como devem calcular, mas os que se seguiram também foram muito especiais. Brevemente escreverei sobre os dias que passei no hospital e farei os agradecimentos que são bem merecidos!

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O parto - parte I

Ora, na 6ª feira, dia 27, depois de 4 horas mal dormidas, eu e o pai levantámo-nos por volta das 6.20 da manhã para podermos estar no hospital logo cedo como o médico tinha pedido. Chegámos por volta das 8.30h e uma enfermeira ligou-me logo ao CTG para ir adiantando as coisas; como a azáfama no hospital era muita esqueceram-se de mim e eu fiquei lá deitada quase duas horas. O resultado era o mesmo de sempre: batimentos normais, contracções zero!

Após o CTG o dr. R. foi fazer-me o toque: continuava com o mesmo cm "forçado" da semana anterior; fez uma ecografia e constatou que a Leonor não tinha aumentado, mas talvez perdido algum peso. Decidiu-se logo: o parto teria de ser induzido!

Fui fazer análises e voltei novamente para a cama para novo CTG. Colocaram-me o soro e eu fiquei contente pois estava cheia de fome (e não podia comer por precaução para uma possível cesariana) e assim pensei que deixaria de sentir fome; engano o meu pois senti sempre apetite até ao dia seguinte quando comi a primeira refeição! Pouco depois, o dr. veio colocar-me um gel para amolecer o colo do útero. E lá passei a tarde ligada ao CTG a ver se o colo amolecia e começava a dilatar, fazendo intervalos a passear pelo corredor para ver se a força da gravidade também ajudava; o pai esteve quase sempre ao pé de mim: olhava impaciente para o registo das contracções para ver se elas começavam a aparecer e depois mandava-me "passear" pelo corredor. Só tive uma grande contracção (pelo menos o registo chegou ao pico do gráfico), mas praticamente indolor; apenas senti a barriga endurecer muito e soube que era uma contracção porque a enfermeira me disse; depois desta tive algumas mais pequenas mas que me provocaram mais dor, se é que se podia chamar "dor".

Por volta das 18 ou 19 horas, os médicos começaram a colocar a hipótese de uma cesariana. Após novo toque, o qual apresentava o tal cm "forçado" de sempre, resolveram-se definitivamente e marcaram a cesariana para as 21 horas. O pai aproveitou para ir jantar e eu lá fiquei mais uma hora ligada ao CTG.

Eu fiquei contente e aliviada com a decisão dos médicos. Assim, já sabia que ia ser mesmo naquele dia. Não cheguei a ficar nervosa como sempre pensei que ficaria quando chegasse a hora H. Durante a última hora que antecedeu a cesariana, estive sempre a ler uma revista e nem pensava nos momentos que se avizinhavam; de repente, despertei e pensei: "mas como é que eu posso estar tão calma se sei que vou submeter-me a uma cesariana e que vou conhecer a minha filha dentro de pouco tempo?" Eu acho que ainda não tinha assimilado que o momento mais esperado dos últimos 9 meses estava a chegar...!
O pai que já tinha decidido ir assistir ao parto, teve de mudar de planos por ser cesariana. Mas eu acho que ele não se importou muito, penso que preferiu assim!

Por volta das 9 horas da noite o pai chegou apressado pensando que já chegaria atrasado; mas eu lá continuava deitada à espera que me levassem para o bloco operatório. Por incrível que possa parecer eu acho que este dia passou muito rápido (aliás, como os restantes), eu nem dava pelo passar do tempo!
Pouco tempo depois, uma enfermeira veio algaliar-me. Julgo que foi a única coisa que me custou; não pela dor, porque não senti nenhuma, mas pelo desconforto que causava!

E pronto! Já estava preparada para a cesariana!

Brevemente continuarei com a descrição; agora está na hora da Leonor mamar!

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Os primeiros dias da Leonor...e da mãe!

Obrigada a todas pelos comentários; quando tiver mais tempo também quero visitar com mais regularidade os vossos blogs e comentá-los!

Eu não me esqueci do post sobre o parto, mas isso tem de ser com calma... Agora vou procurando manter o blog actualizado.

A Leonor porta-se muito bem!
Exceptuando a sua segunda noite, ela deixa-me dormir descansada umas horitas e só acorda quando eu a desperto porque está na hora de mamar. Como ainda é muito pequena, ainda tenho de a acordar, mas daqui a alguns dias já não vai ser preciso... Na segunda noite, ainda no hospital, é que chorou até às 5 horas da manhã. Era ela a cair de sono para um lado e eu para outro, pois havia já 48 horas que eu não dormia nada. Agora já estou a recuperar os sonos perdidos, mas não é fácil descansar tendo de acordar duas vezes durante a noite! Durante o dia já passa mais tempo acordada; ontem eu já queria que ela adormecesse para poder fazer algumas coisas aqui em casa, e ela só queria colo e atenção.

Felizmente a Leonor consegue mamar muito bem. Um dos meus receios (e daí a tensão alta) era que ela, devido à fenda labial, não conseguisse mamar. Mas ela pegou na mama à primeira e agora, o único senão, é que ela gosta mais de um peito do que do outro; eu bem tento com que ela passe a mamar tão bem num como noutro, mas ela tem preferência pelo direito... e agora? A subida do leite deu-se ao quarto dia. Fiquei um pouco aflita, principalmente do peito esquerdo, claro está; mas dois dias depois, graças à enfermeira S. e às conchas da Chicco, já estava tudo controlado.

Pelas avaliações do pediatra no hospital, a Leonor é muito saudável! O teste de Apgar foi de 9-10, reage muito bem, ouve muito bem, está tudo bem! Com 5 dias já pesava 2480 g, ou seja, mais 120 g do que quando nasceu. É um aumento significativo e que revela que não chegou a perder peso nos primeiros dias como é normal nos recém-nascidos (ela também já pesava tão pouco). Na próxima 5ª feira temos consulta no nosso médico de família e vai ser pesada novamente. A escolha do pediatra também já foi feita e a 1ª consulta vai ser dia 14, quando ela tiver 18 dias.

Ontem, ao nono dia, deixou cair o coto umbilical; parece que vai ficar com um umbigo muito bonito...
Desde o segundo dia de vida que tem o olho esquerdo sempre a criar remelas, mas isso é algo muito frequente nos recém-nascidos. Se não passar com o soro fisiológico, o médico receitará umas gotas...!

A mãe também se encontra muito bem e recomenda-se. Já tirei 8 dos 20 agrafos que tinha e hoje, se estiver tudo bem, tiro os restantes. As dores, que não chegaram a ser muitas, já desapareceram e só sinto aquela comichão normal dos pontos a sarar. Por um lado é mau não sentir dor, pois assim é mais fácil esquecer que ainda é muito cedo para andar por aí a fazer esforços...vou tentar ter cuidado, também são só mais uns dias...!

Temos tido algumas visitas, mas também temos tido tempo para descansar, o que nos primeiros tempos é recomendável. Às vezes as visitas nos primeiros dias são um pouco inconvenientes, mas nós temos tido tempo só para nós e já nos recompomos.

Ah, dizem que ela é parecida com o pai e eu concordo!
Ainda não vos disse o que descobri quando a vi pela 1ª vez... então não é que a minha filha é o bébé mais bonito que eu vi até hoje? Porque será...?

sábado, 4 de agosto de 2007

A Leonor já nasceu!

Desculpem a demora mas a prioridade agora é a Leonor. Agora é ela que manda cá em casa!

A Leonor nasceu dia 27 de Julho pelas 22.14h, pesava 2360 g e media 47 cm.
Nasceu de cesariana mas correu tudo bem; aliás, acho que não podia ter corrido melhor. Estamos muito bem e muito felizes!
Brevemente dou mais notícias e pormenores sobre o parto e estes primeiros dias.